Expedição constata evolução de projetos para fortalecimento de cadeias produtivas no Purus

  agosto 28, 2018

De 13 a 26 de agosto uma expedição percorreu quilômetros no Rio Purus, no Sul do Amazonas, visitando diversas aldeias no município de Pauini para verificar a execução das ações aprovadas no Primeiro Edital de Projetos Comunitários, com apoio do IEB, FUNAI, OPAN e OPIAJ, recursos da USAID, via Projeto Nossa Terra.

O monitoramento constatou que, além das ações estarem sendo realizadas conforme planejado, há um envolvimento significativo da comunidade na execução dos projetos. “Constatamos que os comunitários tomaram para si a responsabilidade de executar ações em suas próprias aldeias, gerando envolvimento e mobilização de todos, jovens, mulheres, homens e idosos, no objetivo comum”, afirmou Marcelo Horta, analista socioambiental do Programa Povos Indígenas do IEB.

O objetivo dessa ação também foi discutir com os envolvidos as principais dificuldades enfrentadas, bem como oferecer assistência técnica pontual às propostas voltadas ao fortalecimento de cadeias produtivas.

Durante os 11 dias de expedição foi constatada a necessidade de uma assistência técnica continuada nos casos em que os beneficiários almejam a melhoria da qualidade de seus produtos para posterior venda nos mercados regionais.

Os projetos visitados foram “Melhoria da produção da farinha na aldeia Tocimão”, na Aldeia Tocimão; “Aprimoramento da boa prática de produção de farinha”, na Aldeia Nova, e o “Projeto de Reflorestamento da castanha-da-amazônia em áreas de capoeira”, na Aldeia São Benedito da TI Kapyra/Kanakury “. Eles são executados em aldeias contempladas pelo Fundo de Pequenos Apoios – Fundo PNGATI – no município de Pauini e estão localizadas nas Terras Indígenas Inauini/Teuini, Camadeni (povos Apurinã e Camadeni) e Kapyra/Kanakury (em processo de reivindicação pelo povo indígena Apurinã).

Projeto Nossa Terra

O Projeto Nossa Terra apoia a gestão das terras indígenas no Sul do Amazonas por meio da geração de alternativas econômicas sustentáveis, da proteção territorial, da recuperação ambiental e do fortalecimento dos modos de vida tradicional para a redução do desmatamento e o equilíbrio do clima.

Desde o início do projeto, em setembro de 2016, as associações indígenas da região vêm demonstrando potencial cada vez maior para gerir com autonomia seus próprios projetos.